História
Em Portugal, os vestígios da presença
da oliveira datam da Idade do Bronze, porem somente nos séculos XV e XVI que o
seu cultivo se generaliza a todo o país. "Código Visigótico" foi o primeiro
documento salvaguardando oliveiras do País no qual se previa multa de cinco
soldos para quem arrancasse oliveira alheia, contra apenas três soldos de multa
se fosse a poda de outra árvore.
Évora ano de 1392 lavrou-se a primeira
regulamentação do ofício de lagareiro, porem só em 1515 no século XVI em Coimbra,
logo após 1572 em Lisboa que o exemplo de Évora foi adotado.
Tomar, sede da Ordem dos Templários,
viu regulamentada a exploração olivícola desde 1162, por autoridade do mestre
Gualdim Pais, no primeiro foral concedido aquela vila, e em Coimbra e Santarém,
no século XII, a cultura da oliveira, a extração do azeite e o seu comércio já
eram praticados em escala apreciável.
Mesmo com os processos de produção rudimentares, o azeite foi
premiado em exposições internacionais. O
"Azeite Herculano" recebe o primeiro prêmio nas exposições
universais de Anvers em 1894 e de Paris 1889.
Portugal um país de clima
mediterrânico, tem em suas oliveiras a marca da paisagem desde tempos
primórdios. A qualidade dos solos e as variações climáticas determinam as
variedades e as castas das oliveiras e conseqüentemente a qualidade e diversidade
dos azeites produzidos.
Viajando por Portugal respira-se azeite. Vislumbramos oliveiras plantadas em todas as
regiões, de norte a sul. A área total ocupada pela cultura do olival em Portugal, cerca de
360 mil hectares, não se alterou substancialmente nos últimos 10 anos, mas
existe sim uma concentração e especialização cada vez maior em duas das
principais regiões produtoras, o Alentejo, onde atualmente se encontra 50% da
área nacional e mais de 60% da produção, e Trás-os-Montes.(dados da pesquisa da revista Veja Portugal)
O azeite português é um exemplo de qualidade: elaborado de azeitonas típicas, que marcam como sua característica impar de qualidade e sabores inigualáveis.
Azeite Português reconhecido hoje como um dos melhores do mundo.
Um ditado popular que diz: "A melhor cozinheira é a azeiteira". O azeite aparece em quase todas receitas da culinária portuguesa.Utilizado em cru como tempero,bem quentíssimo meio de cozedura ou a frio como agente conservador de enchidos, azeitonas, alguns legumes e queijos.
Com aroma frutado, ligeiramente espesso, com cor de ouro ou amarelo esverdeado, amargo, picante ou mais adocicado, suave ou intenso. É assim o azeite português
A Casa do Azeite é uma organização da qual fazem parte 65 empresas associadas ao azeite de marca, representando, no seu conjunto, 95% de todo o produto deste gênero embalado em Portugal.
Curiosidades
Todas
as azeitonas são negras se as deixarem amadurecer até ao fim.
Para
extrair 1 litro de Azeite são necessários, em média, 5 a 6 Kg de azeitonas.
O
grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro e o sabor do Azeite.
A
cor do Azeite não está diretamente ligada ao seu sabor ou aroma.
Um Azeite verde provém de azeitonas ainda verdes enquanto que um Azeite dourado provém de azeitonas maduras. Mas o Azeite é geralmente obtido a partir de uma mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação.
Como produto natural que é o Azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o tempo, pelo que é aconselhável consumi-lo o mais cedo possível. Quando bem condicionado, pode conservar-se, sem alteração das suas características, ao longo de 18 meses a partir da extração.
Niel Amstrong deixou na lua um raminho de oliveira em ouro como símbolo da paz.
Existem seis zonas produtoras de azeite em Portugal com Denominação de Origem Protegida (DOP).A classificação DOP significa que o azeite foi feito de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui variedades de azeitona, condições de colheita e transporte para o lagar, condições de laboração e as características do produto final.
Denominação de Origem Protegida de Moura
A região de Moura, na margem esquerda do rio Guadiana, sul do Alentejo, é muito conhecida pela produção dos azeites e a Dominação de Origem Protegida Azeite de Moura encontra-se consagrada pelo uso. O Azeite desta região, proveniente da associação das azeitonas Cordovil de Serpa, Galega Vulgar e Verdeal Alentejana, resultam muito frutados, amargo e picante, sendo de cor amarela esverdeada.
Denominação de Origem Protegida do Alentejo Interior
Na outra margem do rio Guadiana, na região dos Azeites do Alentejo Interior, existem condições de solo e clima muito particulares que dão origem a um ambiente natural que privilegia o desenvolvimento da oliveira. É uma região com uma gama de solos variada, todos eles ricos em cálcio e potássio, que influência o porte e produção da azeitona. O azeite tem cor amarela dourada ou esverdeada, aroma frutado suave de azeitona madura e/ou verde e outros frutos, nomeadamente, maçã e/ou figo transmitindo uma grande sensação de doce.
Denominação de Origem Protegida do Norte Alentejo
Nos azeites do Norte Alentejo, provenientes de algumas freguesias de Évora, e dos concelhos de Estremoz, Borba e Reguengos de Monsaraz até Elvas, Campo Maior e Portalegre, a Galega Vulgar, predominante, junta-se à Carrasquenha e Redondil. Os azeites que aliam os frutados das variedades com sensações fortes de maçã e outros frutos maduros, são ligeiramente espessos, com cor amarelo ouro, por vezes esverdeados.
Denominação de Origem Protegida do Ribatejo
Na região do Ribatejo a variedade que impera è a Galega Vulgar, aliando-se à Lentisca apenas em Torres Novas. Esta é a região dos azeites doces.
Denominação de Origem Protegida da Beira Interior
Nesta região a Galega Vulgar junta-se à Bical e à Cordovil de Castelo Branco, na Sub- Região de Azeites da Beira Baixa, dando origem a azeites complexos de aroma e sabor. Mais a norte onde a Galega Vulgar é por vezes substituída pelas variedades Carrasquenha, Cobrançosa, Carrasquinha e Cornicabra, encontramos a Sub-Região dos Azeites da Beira Alta, que confina com o rio Douro onde existe um número elevado de variedades.
Denominação de Origem Protegida de Trás-os-Montes.
Já no distrito de Bragança, predomina o cultivo da variedade Negrinha de Freixo. Aqui começa a DOP de Trás-os-Montes que se estende por Alfandega da Fé, Vila Flor até Valpaços e Murça, no alto douro, passando por Mirandela onde as azeitonas Madural, Cobrançosa e Verdeal Transmontana, no clima e nos solos de xisto da Terra Quente, dão azeites muito finos e complexos com odores acentuados de frutos secos. Sendo azeites equilibrados, apresentam uma sensação notável de doce, verde, amargo e picante.
Fontes de dados, texto e fotos
https://www.visitportugal.com/pt-pt/sobre-portugal/fotos
http://www.vejaportugal.pt/exportacao-de-azeite
http://www.caom.pt/coop/o-azeite
http://www.casadoazeite.pt/Azeite
http://http://www.qualimpor.com.
Edição de Texto Leila Bumachar