sexta-feira, 13 de março de 2009

Turquia Destino Exótico



A utilização das especiarias é um marco da culinária árabe. Na comida árabe tudo tem um sabor peculiar. Conheça algumas especiarias e ingredientes utilizados em pratos árabes:
Açafrão
O nome vem do árabe zafaran, que significa amarelo. São pistilos secos de um arbusto especial que são colhidos manualmente. São necessários aproximadamente 80 mil pistilos para obter meio quilo da especiaria. Originário do Oriente, foi introduzido na Espanha pelos Árabes em torno do ano 900. O açafrão tem uma forte cor amarela e tem um gosto único e penetrante.

ÁGUA DE FLOR DE LARANJEIRA (MAÉ ZAHAR)
Essência típica da culinária sírio-libanesa, é utilizada para aromatizar vários doces.
ÁGUA DE ROSAS (MA'WARD)
Líquido bastante perfumado, extraídos de rosas e utilizados em doces e caldas.
Áraque(Arak)


Culinária Oriente Médio
A região do oriente médio foi o berço a civilização, os grandes impérios que dominaram essa região, o persa (539-331 a.C.), o árabe (630-1258) e o otomano (1281-1918), foram responsáveis pela formação da cultura árabe, e isso se reflete também na culinária e nos hábitos alimentares, as primeiras tradições culinárias nasceram ali, há mais de 12 mil anos.
Entre os rios Tigre e o Eufrates, no atual Iraque, os homens passaram a cultivar trigo, cevada, pistache, nozes, romãs e figos que floresciam ao lado dos rebanhos de carneiro e de cabras. Pela primeira vez misturaram ingredientes diferentes e fizeram o pão, que nasceu chato e redondo. Em um período posterior, entre os anos 3000 a.C. e 300 a.C, quando os fenícios povoaram a região do Líbano, surgiu o hábito de cobrir o pão com carne e cebola. Nascia a esfiha.

Costumes
Os hábitos alimentares dos muçulmanos são restritos pelas leis do Alcorão: a bebida alcoólica não é permitida, assim como a carne de porco pois ele é um considerado um animal impuro. Desta forma o consumo de carne de carneiro é predominante entre eles.

Durante as comemorações religiosas, como o Ramadã, o jejum é rigoroso e até mais longo do que o dos judeus. Não se pode comer e beber durante o dia. As refeições noturnas, então, são um banquete. Já os árabes cristãos seguem hábitos alimentares ocidentais, sem restrições.

Entre os árabes é costume se servirem de um café da manhã farto, que inclui pão com ovos, frutos e vegetais frescos, mel, nozes ou iogurte.

As refeições são verdadeiros rituais, demoram-se a mesa, que apresenta uma grande variedade de pratos servidos em pequenas porções. São os mezzés, ou antepastos árabes, sempre acompanhados de pão pita e áraque, bebida típica à base de anis. Em seguida vem os doces e por fim café árabe ou chá preto com hortelã.

Sabores da Culinária Árabe

Carnes: O carneiro é o principal animal consumido. Sua carne é assada ou guisada, normalmente recheada e ricamente temperada. A carne de cabrito, a galinha e o peru também são apreciados.

Grãos: Entre os grãos destacam-se o trigo, a lentilha, a ervilha, o grão-de-bico e o arroz. Favas são típicas do Egito, presentes no fool midammis, sopa bem grossa à base de feijão, servida normalmente durante o café da manhã.

Verduras e Legumes: São preparados recheados e em conserva, Na Síria e no Líbano, eles recebem o nome de mehchi; na Turquia, dolmas; na Grécia, dolmathes; no Irã, dolmeh. Entre os principais legumes usados estão a abobrinha, repolho, folha de videira ou de parra, acelga, tomate, pimentão e berinjela. Vegetais em conserva, os kabees ou torshi são muitos populares e servidos como entrada ou acompanhamento.

Café Árabe
No mundo árabe, a cerimônia de preparar e servir o café faz parte da tão conhecida hospitalidade árabe, é sinal de que a visita é bem-vinda e honrada por seu anfitrião.

No deserto ou em uma casa árabe moderna, o tradicional preparar e servir o café é sempre feito com muita dedicação. O ritual básico não mudou muito através das gerações.

Tradicionalmente no deserto o café é preparado na fogueira, em um utensílio, bule especial conhecido como dale. O tradicional fogo de chão é o preferido para o preparo do café porque dizem adicionar um sabor especial. O café depois de pronto e preparado com temperos especiais como hal

(cardamomo), é servido em outro bule especial limpo, acompanhado de pequenas xícaras sem alça. O café árabe não é coado, espera-se a borra sentar no fundo para servir. O anfitrião costuma servir um pouco em cada xícara e costuma-se repetir por várias vezes, o café geralmente é servido amargo nessas ocasiões.

No dia a dia, o café é preparado em pequenas quantidades também em um bule especial sem tampa, pode ser murrah (amargo), uasat (no ponto) ou hilua (doce), acompanha um copo de água.

A maneira de preparar é fácil, coloca-se água a ferver no bule e adiciona-se açúcar, quando dissolver o açúcar coloca-se a quantidade de café desejada, tempera-se com um pouco de cardamomo , mexe-se com uma colher até levantar espuma, sem ferver. Tira-se o bule do fogo e coloca-se uma colherinha de espuma em cada xícara de café, espera-se a borra sentar um pouco no fundo e está pronto para servir. “Tafadal!”. “À vontade, sirva-se!”.





























Brindando ao Final da Aventura Turca.


Texto e Fotos
Leila Bumachar
L. Bumachar Consultoria


Natacimina: Produtos enólogicos são a causa da contaminação
















Jeanne Marioton Barbosa /Leila Bumachar(Club Med- 2009)

O artigo saiu na "Vitisphère" hoje (10/03/10)
Fiz um resumo em português e deixo o texto completo em francês.
Natacimina: Produtos enólogicos são a causa da contaminação
O "Wines of Argentina" pediu ao laboratório francês Excell
de investigar a origem da natamicina, um antibioticó
encontrado em certos vinhos argentinos durante um controle
realizado na Alemanha.
Primeiramente, após um estudo, o laboratório demonstrou que a
presença de natacimina era frequente nos vinhos argentinos (em
500 amostras testadas, a metade era contaminada)
Num segundo tempo, o laboratório procurou a origem deste
produto nos vinhos. No seu relatório, ele sinaliza que doses
importantes de natacimina foram encontradas em derivados de
"écorces de levures"* e nos taninos enológicos. Estes produtos são
exclusivamente fabricados na América do Sul , a maioria
oriundos de derivados de bio-etanol vindo do Brasil.
Os desinfectantes a base de natamicina, autorizados até janeiro
2010 na Argentina para desinfectar o material usado na
vinificação, podem ser também incriminados.
Essas revelações mostram que a contaminação foi acidental.
*Ecorces de levure: permitem fixar e absorver os inibidores da fermentação; eles são
usados preventivamente ou quando a fermentação se interrompe, para eliminar os
inibidores

Natamycine: des produits oenologiques à l´origine de la contamination
A la demande de Wines of Argentina, l´organisme de promotion
des vins argentins, le laboratoire français Excell a mené des
investigations sur l´origine de la natamycine, un anti-biotique qui
a été retrouvé dans certains vins argentins lors de contrôles
effectués en janvier dernier par les autorités allemandes.
Le laboratoire de Pascal Chatonnet avait d´abord mené une
étude montrant que la présence de natamycine était fréquente
dans les vins argentins (1 échantillon sur deux sur les 500
échantillons testés). Dans un deuxième temps, il a recherché
les origines possibles de ce produit dans les vins sachant que son
utilisation est interdite comme additif direct dans les vins. Dans
un rapport qu´il remettra la semaine prochaine à Wines of
Argentina, le laboratoire Excell identifie certains produits
oenologiques à l´origine de contaminations fortes à très fortes. «
Nous avons trouvé des doses importantes de natamycine dans
des produits à base de dérivés d´écorces de levure et dans des
tannins oenologiques », affirme Pascal Chatonnet. « Cela ne
concerne que des produits fabriqués localement en Amérique du
Sud, et dont la plupart proviennent de dérivés de bio-éthanol en
provenance du Brésil. Nous n´avons pas trouvé de natamycine
dans les produits oenologiques européens que nous avons
contrôlés ».

Les désinfectants à base de natamycine, autorisés jusqu´en
janvier 2010 en Argentine pour désinfecter le matériel de
cave, sont une autre source possible de contamination. Ces
révélations dédouanent les producteurs argentins de vin, mis
sur la sellette suite à cette affaire. « Cela n´exclut pas que
certains aient eu recours à la natamycine comme additif directe
dans les vins, mais pour tous ceux qui ont utilisé les produits
oenologiques mis en cause, la contamination a été accidentelle
par le biais de ces additifs », précise Pascal Chatonnet.

Texto traduzido e elaborado por Jeanne Marioton Barbosa
Consultora para o Club Provence Brésil/EOC (www.vinsdeprovence.com/brasil)
Docente da Universidade Candido Mendes no curso de post graduação "Vinho e cultura", 
chancela da Unesco em parceria com a Universidade da Borgonha
Consultante vin pour le Club provence Brésil/EOC