sexta-feira, 13 de março de 2009

Natacimina: Produtos enólogicos são a causa da contaminação
















Jeanne Marioton Barbosa /Leila Bumachar(Club Med- 2009)

O artigo saiu na "Vitisphère" hoje (10/03/10)
Fiz um resumo em português e deixo o texto completo em francês.
Natacimina: Produtos enólogicos são a causa da contaminação
O "Wines of Argentina" pediu ao laboratório francês Excell
de investigar a origem da natamicina, um antibioticó
encontrado em certos vinhos argentinos durante um controle
realizado na Alemanha.
Primeiramente, após um estudo, o laboratório demonstrou que a
presença de natacimina era frequente nos vinhos argentinos (em
500 amostras testadas, a metade era contaminada)
Num segundo tempo, o laboratório procurou a origem deste
produto nos vinhos. No seu relatório, ele sinaliza que doses
importantes de natacimina foram encontradas em derivados de
"écorces de levures"* e nos taninos enológicos. Estes produtos são
exclusivamente fabricados na América do Sul , a maioria
oriundos de derivados de bio-etanol vindo do Brasil.
Os desinfectantes a base de natamicina, autorizados até janeiro
2010 na Argentina para desinfectar o material usado na
vinificação, podem ser também incriminados.
Essas revelações mostram que a contaminação foi acidental.
*Ecorces de levure: permitem fixar e absorver os inibidores da fermentação; eles são
usados preventivamente ou quando a fermentação se interrompe, para eliminar os
inibidores

Natamycine: des produits oenologiques à l´origine de la contamination
A la demande de Wines of Argentina, l´organisme de promotion
des vins argentins, le laboratoire français Excell a mené des
investigations sur l´origine de la natamycine, un anti-biotique qui
a été retrouvé dans certains vins argentins lors de contrôles
effectués en janvier dernier par les autorités allemandes.
Le laboratoire de Pascal Chatonnet avait d´abord mené une
étude montrant que la présence de natamycine était fréquente
dans les vins argentins (1 échantillon sur deux sur les 500
échantillons testés). Dans un deuxième temps, il a recherché
les origines possibles de ce produit dans les vins sachant que son
utilisation est interdite comme additif direct dans les vins. Dans
un rapport qu´il remettra la semaine prochaine à Wines of
Argentina, le laboratoire Excell identifie certains produits
oenologiques à l´origine de contaminations fortes à très fortes. «
Nous avons trouvé des doses importantes de natamycine dans
des produits à base de dérivés d´écorces de levure et dans des
tannins oenologiques », affirme Pascal Chatonnet. « Cela ne
concerne que des produits fabriqués localement en Amérique du
Sud, et dont la plupart proviennent de dérivés de bio-éthanol en
provenance du Brésil. Nous n´avons pas trouvé de natamycine
dans les produits oenologiques européens que nous avons
contrôlés ».

Les désinfectants à base de natamycine, autorisés jusqu´en
janvier 2010 en Argentine pour désinfecter le matériel de
cave, sont une autre source possible de contamination. Ces
révélations dédouanent les producteurs argentins de vin, mis
sur la sellette suite à cette affaire. « Cela n´exclut pas que
certains aient eu recours à la natamycine comme additif directe
dans les vins, mais pour tous ceux qui ont utilisé les produits
oenologiques mis en cause, la contamination a été accidentelle
par le biais de ces additifs », précise Pascal Chatonnet.

Texto traduzido e elaborado por Jeanne Marioton Barbosa
Consultora para o Club Provence Brésil/EOC (www.vinsdeprovence.com/brasil)
Docente da Universidade Candido Mendes no curso de post graduação "Vinho e cultura", 
chancela da Unesco em parceria com a Universidade da Borgonha
Consultante vin pour le Club provence Brésil/EOC

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