"A fome só se satisfaz com a
comida e a fome de imortalidade da alma com a própria imortalidade. Ambas são
verdadeiros instintos”. Fernando Pessoa.
O Chef Francês, que há 18 anos mora na cidade do Rio de Janeiro,
Roland Villard tem a sua paixão na criação de menus com uma relação estreita
da história, cultura, associada com a técnica francesa de gastronomia.
Em 2009 criou o emblemático menu Amazônia, descobrimento da
riqueza dos produtos da Amazônia, que quando foi elaborado, há cinco anos, foi uma
inovação na gastronomia, especialmente no Rio de Janeiro, que desconhecia a
maioria dos ingredientes originários da Amazônia, e também muito pouco deles
eram naquela época encontrados nas feiras livres da cidade.
Outra inovação, ao escolher o menu, mais uma originalidade
surpreendia o cliente: ele recebia um livreto explicativo, nas versões em
português, francês, inglês, e espanhol com um pouco das histórias, cultura,
descrição dos pratos e alguns termos da língua Tupi, que são básicos
ingredientes das receitas.
A intenção do chef sempre foi e será apresentar a Gastronomia
versus Cultura.
Novamente em 2011, criou outro menu inovado: Feijão Brasil, uma combinação
da mesa de todos os brasileiros no dia a dia, o famoso arroz com feijão,
alimento cultural popular, num país onde se encontra cultivado mais de 25 tipos
de feijão.
Ano de 2013! Menu Inverso, para Roland a Gastronomia tem o sabor
de lembrança, de memória, de fatos marcantes na vida dos que a saboreiam.
Menu Villegagnon!
2014 um novo desafio. Surge então uma parte da historia da cidade
do Rio de janeiro junto com a historia da colonização do Brasil. E as famosas
expedições francesas.
1551 aportam, na costa da baia de Guanabara, o vice-almirante Nicolas
Durand de Villegagnon enviado pelo rei da França Henry II, para dar início a
uma comunidade protestante. Inicia-se assim a cidade Henry Ville, onde se
encontra localizada hoje a Escola A chegada de Villegagnon ao que hoje é a atual cidade do Rio de
Janeiro ocorreu antes mesmo da do fundador da cidade, Estácio de Sá.
Na percepção de Roland, a criação deste menu lembrou um fato
histórico importante: todo vice-almirante trazia na sua fragata um cozinheiro, por
tradição, a marinha francesa sempre teve os melhores homens neste posto em
relação às outras forças armadas. Na ocasião, este chef teve que se adaptar
aos produtos nativos do Brasil.
Pronto este foi o ponto crucial para o menu.
459 anos após a chegada da famosa expedição francesa às terras brasileiras,
no ano de 2014, aporta um chef francês no Rio de Janeiro, no século XXI, com
sua cultura da gastronomia, se adaptando aos produtos nativos, valorizando
desta forma a tecnologia francesa, ao mesmo tempo acompanhando as tendências da
gastronomia contemporânea.
“Me inspirei na história dessa França Antártica fundada por
Villegagnon para criar esse menu. É o passado ajudando a criar o futuro.
Imaginei o que eu teria cozinhado para o banquete da inauguração do Forte
Coligny com os ingredientes dessa terra e as técnicas da Haute Cuisine
Française.
Quatrocentos e cinqüenta e nove anos depois, esse menu contemporâneo é uma homenagem à história comum da França e do Brasil”, explica Roland Villard, chef do Le Pré Catelan.
Quatrocentos e cinqüenta e nove anos depois, esse menu contemporâneo é uma homenagem à história comum da França e do Brasil”, explica Roland Villard, chef do Le Pré Catelan.
Os pratos combinavam os ingredientes nativos do Brasil como o
caju, a graviola e a banana às castanhas, ao feijão de corda, selecionando
também a mandioquinha, taioba, mandioca, pimenta, o urucum, óleo de pequi e o
tradicional feijão de corda. Outro destaque do menu Villegagnon é o uso
da semente aromática fava de tonka, originária do Brasil, que é um ingrediente
raro na gastronomia e proporciona um sabor adocicado, semelhante à baunilha,
com um toque amadeirado.
Durante séculos um país eminentemente agrícola, a França trata sua
cozinha como questão de Estado. Ao lado de uma variedade extraordinária de
produtos regionais, floresceu um saber, popular e acadêmico, de como tratar e
combinar os alimentos.
O pai da culinária francesa foi Marie-Antoine Carême, cozinheiro de Charles-Maurice de Talleyrand (1754-1838), o político e diplomata
que passou à história por sua capacidade de sobrevivência – serviu aos
revolucionários franceses, a Napoleão, aos Bourbon, quando eles retomaram o
trono, chegando ainda com algum poder ao reinado de Luís Felipe. Talleyrand fez
da boa mesa o ambiente ideal para suas conversas diplomáticas.
Carême estruturou e deu lógica à cozinha. Pratos em formas
arquitetônicas les pièces montées – o bolo de noiva, por exemplo,
compatíveis entre si e equilibrados pela cor, textura e sabor. Houve grande
progresso quando os franceses importaram uma concepção russa: em vez de servir
todos os pratos ao mesmo tempo como nos banquetes medievais, as refeições foram
divididas em etapas e servidas em porções individuais.
Escoffier foi o pai da moderna cozinha francesa e é universalmente
reconhecido como o melhor chef do século 20. No decorrer de sua vida ele que
sempre foi solicitado pela realeza, estabeleceu usar sabedoria e engenharia
gastronômica em hotéis universalmente 5 estrelas como o Savoy, Grand Hotel de
Monte Carlo, o Hotel Ritz de Paris, o Grand Hotel Rome e outros mais.
Entre as muitas contribuições de Escoffier para o mundo da
culinária incluem a La Carte menu, seu sistema de classificação para os
"molhos mãe" e uma partida geral das tradições culinárias ostentação
da cozinha francesa. Ele também simplificou cozinhas profissionais em um
sistema de brigada baseada estação, ainda hoje utilizada.
Georges-Auguste
Escoffier codificou a gastronomia no início do século passado dando às receitas
a perenidade dos clássicos. As sopas foram classificadas em consumes (claras),
potages (densas), crèmes (cremosas) e velutés (aveludadas com creme de
leite e manteiga). Cada categoria tem subdivisões dependendo do agente de
densificação, guarnição, ervas tempero e tipo de álcool
Ele serviu sua vocação culinária por 62 anos, fazendo sua a mais
longa carreira de chef profissional. De acordo com a Larousse Gastronomique, "rei
dos chefs, o chef dos reis".
César Ritz
Hoteleiro suíço e fundador de vários hotéis famosos ao longo dos
anos como Hotel Ritz, em Paris, e, The Ritz Hotel, em Londres. Seu apelido era
"rei dos hoteleiros e hoteleiro de reis", e que é de seu nome e de
seus hotéis que o termo pomposo deriva.
A parceria Ritz X Esocifer se inicia em 1884, mudou-se para Monte
Carlo para trabalhar lá no Grand Hotel, recém-inaugurado por César Ritz. Seu
título era "Directeur de Cuisine". Em 1890, ele seguiu Ritz de
Londres, para ajudar no Savoy Hotel como Chefe de Restaurante Serviço. Ele e
sua equipe foram para Roma, onde supervisionou a abertura do "Grand
Hotel"
Couvert
Creme
de mandioca trufado com crocante de couve
Peixe
marinado com pimenta de cheiro e batata doce
Entrada
Salada
de feijão manteiguinha com óleo de pequi e folha de taioba e tartare de atum
Crustáceo
Camarão
grelhado com batata baroa defumado e folha de taioba, emulsão de crustáceos com
urucum
Peixe
Filet
de robalo com palmito caramelizado e banana da terra com caldo de tucupi
Granité
Sorvete
de graviola com champagne
Carne
de caça
Capivara,
javali ou leitão confitado em crosta de caju e ragu de feijão de corda
Carne
Fatias
de contra filet com vinho tinto e açaí, farofa e croquete de cará com queijo
Sobremesa
Mil
folhas de mousse de cupuaçu, fondant de chocolate e sorvete de fava de tonka
com calda de maracujá
“Esse menu contemporâneo,
servido em 8 etapas, é uma homenagem a historia comum da França e do Brasil” Chef Roland Villard.
Le Pré Catelan
Hotel Sofitel Rio de Janeiro Copacabana
Avenida Atlântica, 4240, Nível E
Copacabana – Rio de Janeiro
www.sofitel.com.br
Edição de Texto e Ftos
Leila Bumachar
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L.Bumachar Consultoria
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