A
historia começa com a Guerra Peninsular, em 1807, quando os exércitos franceses
invadiram a Espanha para o controle da península Ibérica.
Na A segunda invasão de Portugal em 1809 no comando do general Soult foi no Norte de Portugal.
Na A segunda invasão de Portugal em 1809 no comando do general Soult foi no Norte de Portugal.
Quando os franceses invadiram a região, o povo
que habitava nas aldeias de montanha ao redor Boticas, a oeste de Chaves,
queria ser poupado da humilhação de ver os franceses fugir com o seu vinho, de
modo que o enterrou.
O
vinho foi enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos
lagares.
Mais
tarde, depois dos franceses terem sido expulsos, os habitantes recuperaram as
suas casas e os bens que restaram. E o Vinho....
Ao desenterrarem o vinho, julgaram-no estragado? Porém, descobriram com agrado que estava muito mais saboroso, pois tinha adquirido propriedades novas.
Ao desenterrarem o vinho, julgaram-no estragado? Porém, descobriram com agrado que estava muito mais saboroso, pois tinha adquirido propriedades novas.
A
bebida das garrafas estava com cor e sabor “bouquet” ainda melhor, um vinho com
graduação de 10º/11º, que tinha, então, uma gaseificação natural em função da
temperatura constante e da escuridão.
Assim
a tradição ganhou o nome “dos Mortos” em referencia às garrafas
terem estado enterradas.
Assim,
nasceu uma tradição de “enterrar” o vinho pelo menos
durante um ano, de uma técnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o
conservar e utilizar a sua qualidade, que se foi transmitindo de geração em
geração.
As
uvas encontradas em Vinho DOS Mortos são: Alvarelho, Bastardo, Malvasia Fina,
Tinta Carvalha e Tinta Coimbra. Como misturas de Chianti mais velhos, Alvarelho
e Malvasia são uvas brancas, mas o vinho final é vermelho.
Geralmente,
o vinho termina em um nível baixo de álcool por causa do clima do norte de
Portugal e do medo do mau tempo na colheita.
Hoje
são já poucos os agricultores que mantêm viva esta tradição.
Vila de Boticas e da Granja, nas
encostas aí existentes, que possuem as condições de clima e solo adequadas à
produção deste precioso vinho, o qual, não sendo abundante, tem, no entanto
sabor agradável que bem merece ser apreciado.
Como
o tempo, a tradição foi se perdendo, até que a Capolib /cooperativa Agrícola de
Boticas de Alto Trás-os-Montes, criou um projeto para
recuperar e preservar a bebida tradicional, inicialmente com uma inscrição no
Registro Nacional de Propriedade Industrial e estudou um melhor Terroir.
A
microrregião vinhateira inclui Boticas, Granja, partes de Pinho,
Bessa, Quintas, Valdegas e Sapelas.
Hoje
os “Vinhos dos Mortos” podem se comprados inclusive pela Internet
na época da safra
O
vinho é produzido hoje como um empreendimento comercial por Armindo
de Sousa Pereira
Boticas
Uma
vila portuguesa
na Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, com cerca de 1 200
habitantes.
O
município é limitado a oeste e noroeste pelo município de Montalegre,
a leste por Chaves, a sueste por Vila Pouca de Aguiar, a sul por Ribeira de
Pena e a sudoeste por Cabeceiras de Basto.
Edição de textoe fotos
Leila Bumachar
Fonte e Fotos
Leila Bumachar
Fonte e Fotos
http://www.vinhodosmortos.com
http://diarioatual.com
http://www.cm-boticas.pt
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