quarta-feira, 3 de março de 2010

Vocabulário do Vinho Parte I



ACIDEZ - essencial para a vida e vitalidade de todos os vinhos. Num vinho de mesa seco e equilibrado deve estar entre 0,6% a 0,75% do volume.
■ACIDEZ FIXA - compreende ácidos encontrados nas uvas mais os produzidos durante a fermentação.
■ACIDEZ TOTAL - combinação de acidez fixa com acidez volátil.
■ACIDEZ VOLÁTIL - consiste principalmente de ácido acético.
■ACIDO TARTÁRICO -ácido natural do vinho. Pode formar cristais inofensivos na garrafa ou na rolha, principalmente em vinhos brancos mantidos à baixa temperatura.
■AÇÚCAR RESIDUAL - quantidade que sobra após a fermentação terminar de forma natural ou artificial, expressa em gramas por litro.
■ADSTRINGÊNCIA - sensação de boca seca ou "amarrada", como aquela causada por frutas ainda verdes. É um fenômeno que causa a contração das mucosas.
■AERAÇÃO - exposição do vinho ao ar ambiente. O mesmo que deixar o vinho "respirar".
■AFINAMENTO - técnica para clarificação dos vinhos usando bentonita, gelatina ou clara de ovos. São agentes que aglutinam as partículas em suspensão, sedimentando-as.
■ÁLCOOL - no vinho, é o etanol ou álcool etílico. É um composto químico formado pela ação de leveduras no açúcar das uvas durante a fermentação.
■ÁLCOOL POR VOLUME - nível de álcool num vinho, expresso em porcentagem numérica do volume.
■AMPELOGRAFIA - ciência que estuda as vinhas e variedades das cepas.
■ANTOCIANOS - compostos fenólicos responsáveis pela cor vermelha e púrpura dos vinhos jovens.
■AROMA PRIMÁRIO - sensação olfativa que lembra uvas frescas e maduras.
■AROMA SECUNDÁRIO - sensação olfativa resultante da fermentação.
■AROMA TERCIÁRIO - também chamado bouquet, é a sensação olfativa que o vinho desenvolve depois de engarrafado e envelhecido.
■AVA - American Viticultural Area - denominação oficial nos Estados Unidos para áreas vitícolas geograficamente delimitadas (exemplo: Napa Valley).
■BLANC DE BLANCS - significa vinho branco feito de uvas brancas.
■BLANC DE NOIRS - significa vinho branco feito de uvas tintas.
■BODEGA - equivalente espanhol para vinícola.
■BOTRYTIS CINEREA - um fungo benéfico e até desejável que ataca as uvas sob certas condições climáticas. Elas perdem a água e concentram açúcar e ácidos.
■BOUQUET - ver Aroma Terciário.
■BRIX - unidade de medida do conteúdo de açúcar da uva, indicando o grau de maturação. Outras unidades são denominadas Oechsle e Baumé.
■BRUT - termo reservado para espumantes, significando seco.
■CAVA - vinho espumante espanhol produzido pelo método champenoise.
■CHAPTALIZAÇÃO - adição de açúcar ao mosto afim de elevar o teor alcoólico do vinho.
■CHÂTEAU - este termo, seguido de um nome próprio, eqüivale em Bordeaux à uma propriedade destinada à produção de vinhos.
■CLARET - um termo usado na Inglaterra para identificar vinhos tintos de Bordeaux.
■CLOS - vinhedo ou grupo de vinhedos fechados por muros.
■CORPO - a impressão de peso ou plenitude na boca, resultado da combinação de álcool, glicerina e açúcar.
■CRÉMANT - refere-se a vinhos espumantes com menor pressão e espuma mais cremosa.
■CRIANZA - Reserva e Gran-Reserva - são termos que indicam, em ordem ascendente, o tempo de maturação de vinhos espanhóis no carvalho e na garrafa.
■CRU- um vinhedo específico ou zona delimitada com aptidão para produzir um vinho de características particulares e originais.
■CRU BOURGEOIS- são Châteaux de Bordeaux de uma notoriedade menor que os grands crus. No Médoc, distinguem-se os crus bourgeois e crus bourgeois supérieurs.
■CRU CLASSÉ - propriedade classificada com um grau de excelência estabelecido em 1855, posteriormente revisado e ampliado. É chamada classificação do Médoc.
■CUVÉE - designa um lote de vinhos cuja identidade deve ser diferenciada e precisa.
■DECANTAÇÃO - passagem lenta do vinho da garrafa para um outro recipiente chamado decanter. Serve para separar eventuais sedimentos do vinho ou para aeração.
■DENOMINAÇÃO DE ORIGEM - sistema oficial adotado por vários países para garantir a origem e qualidade dos vinhos (exemplos:, AOC, DO, DOC, DOCG, IPR, VDQS, VR, etc.)
■DIÓXIDO DE ENXOFRE - ou anidrido sulfuroso (SO2). Composto químico adicionado no processo para evitar a oxidação do vinho. Tem também propriedades anti-sépticas.
■DOMAINE - propriedade destinada à produção de vinhos, com vinhedos de um ou vários donos.
■ENÓFILO - pessoa que aprecia e estuda os vinhos.
■ENÓLOGO - especialista da ciência do vinho e da vinificação. Certas praticas enológicas não podem ser efetuadas sem a presença e controle de um enólogo.
■EQUILÍBRIO - relação harmoniosa entre ácidos, álcool, fruta, tanino e outros elementos naturais encontrados no vinho. Nenhum deles deve ser dominante.
■FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA - processo bioquímico pelo qual leveduras convertem o açúcar (glicose, frutose) em álcool e gás carbônico. Transforma suco de uva em vinho.
■FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA - fermentação secundária que ocorre com a maioria dos vinhos, convertendo ácido málico em lático para reduzir a acidez total.
■FOXADO - característica aromática de cepas americanas, como Isabel, Taylor e Clinton, causada por antranilato de metila. Os vinhos são desagradáveis e de conservação difícil.
■GOSTO DE ROLHA - um substância chamada TCA transmite aleatoriamente à alguns vinhos um gosto de mofo permanente através da rolha. È o chamado vinho "bouchonné".
■JEREZ - também Sherry e Xérès. Vinho fortificado produzido em Andaluzia na Espanha, nos estilos Fino, Manzanilla, Amontillado, Oloroso, Palo Cortado e Cream.
■LÁGRIMAS - ou "pernas" que escorrem na parede dos copos depois de beber, resultam da diferença da velocidade de evaporação entre a água e o álcool.
■LATE HARVEST - essa expressão no rótulo indica um vinho feito com uvas colhidas tardiamente, com alto teor de açúcar. Normalmente um vinho de sobremesa.
■LEVEDURAS - micro organismos que produzem enzimas responsáveis pela fermentação, convertendo o açúcar em álcool.
■MACERAÇÃO - durante a fermentação, o contato das cascas e sólidos com o vinho, onde o álcool age como um solvente para extrair a cor, taninos e aroma das cascas.
■MACERAÇÃO CARBÔNICA - fermentação das uvas tintas inteiras, não prensadas, numa atmosfera de dióxido de carbono (exemplo: Beaujolais Nouveau)
■MERITAGE - termo criado na Califórnia para identificar vinhos tintos no estilo Bordeaux e brancos não varietais.
■MÉTODO CHAMPENOISE - processo no qual o vinho base sofre a segunda fermentação na própria garrafa para formar as borbulhas. É o único método utilizado em Champagne.
■MÉTODO CHARMAT - processo de produzir vinhos espumantes com a segunda fermentação feita em tanques pressurizados.
■MÉTODO CLASSICO - ou tradicional. Termos para identificar espumantes elaborados pelo Método Champenoise fora da região de Champagne.
■PH - medida química para determinar acidez/alcalinidade. Nos vinhos, a relação deve se situar dentro de valores desejáveis.
■PHYLLOXERA - um pulgão que ataca as raízes das videiras. Causou a devastação mundial das vinhas no final do século 19.
■PREMIER CRU - designação dos Châteaux Lafite, Haut-Brion, Latour, Margaux e Mouton na classificação de Médoc de 1855 (revista em 1973 para incluir o Château Mouton).
■QUALITÄTESWEIN - (QbA) - categoria de vinho alemão elaborado com uvas de uma das treze regiões e suficientemente maduras para que tenham o estilo desejado.
■QUALITÄTESWEIN MIT PRÄDIKAT - (QmP) - a mais alta categoria de vinhos alemães, contendo cinco atributos em ordem ascendente de maturação das uvas na colheita.
■QUINTA - propriedade produtora de vinhos em Portugal.
■RECIOTO - vinho doce do Veneto produzido com uvas passificadas. O estilo seco é chamado Amarone.
■RETROGOSTO - identifica o aroma e sabor deixado pelo vinho na boca após ser engolido. Grandes vinhos têm retrogosto rico, complexo e prolongado.
■RIPASSO - vinho refermentado nos sedimentos de um vinho Recioto.
■RISERVA- ou Riserva Speciale - vinhos italianos DOC maturados por um número obrigatório de anos. São vinhos de qualidade superior.
■SEKT - vinho espumante alemão.
■SÉLECTION DE GRAINS NOBLES - SGN - menção que pode ser indicada nas garrafas de certas apelações. Significa uvas selecionadas com botrytis para vinhos de sobremesa.
■TANINO - substância natural encontrada no vinho, essencial para a estrutura dos tintos. É derivado principalmente das cascas, sementes e engaços. Tem um sabor adstringente.
■TERROIR - meio ambiente com características próprias para produzir vinhos originais e de qualidade. Constitui um dos fundamentos dos sistemas de denominação de origem.
■VDN - Vin Doux Naturel - vinho doce, fortificado com adição de aguardente vínica. Sua riqueza inicial de açúcar deve ser pelo menos igual à 252 gramas por litro.
■VENDANGES TARDIVES - VT - expressão prevista para certos vinhos, principalmente da Alsácia, com riqueza de açúcar natural.
■VIN DE PAYS - um estilo de vinho regional. Uma categoria acima de Vin de Table.
■VIN DE TABLE - a menor categoria dos vinhos franceses. A tradução literal como Vinho de Mesa, tem o mesmo significado em outros países.
■VINHO DO PORTO - o vinho fortificado mais renomado do mundo. Produzido nos estilos Ruby, Tawny (básico, com idade e colheita), LBV, Vintage Character e Vintage.
■VINHO FORTIFICADO - denota um vinho que teve seu teor alcoólico aumentado pela adição de aguardente vínica (exemplos: Vinho do Porto, Jerez, Madeira, VDN).
■VINHO VARIETAL - vinho identificado com o nome da variedade da uva no rótulo. É preciso que exista um mínimo dessa uva, normalmente 75% na maioria dos países.
■VINTAGE - vinho de um determinado ano. Pode também significar Colheita. O Porto Vintage é o estilo mais raro e caro desse vinho fortificado do Douro.
■VITIS VINIFERA - espécie botânica de uvas destinadas à produção de vinhos de qualidade, com milhares de variedades. Na pratica, são utilizadas cerca de cinqüenta. É o nome científico das vinhas européias.

Edição de texto 
Leila Bumachar

terça-feira, 2 de março de 2010

Óbidos & Lisboa


Óbidos

A vila de Óbidos guarda séculos de história entre as suas muralhas. Com um vasto patrimônio de arquitetura religiosa e vestígios histórico-monumentais, a vila de reis e rainhas foi, noutros tempos, local de preferência para descanso ou refúgio das desavenças da Corte. D. João IV e D. Luísa Guerra, D. Pedro II e D. Maria I, D. Leonor, D. Catarina de Áustria e D. Carlos, foram alguns dos monarcas que passaram por estas terras deixando, de uma forma ou de outra, marcas que a vila ainda hoje mantém. A origem da vila de Óbidos remonta ao século I, à cidade de Eburobrittium. Romanos, visigodos e árabes foram povos que marcaram presença por estas paragens. O ano de 1148 marca a tomada aos mouros de Óbidos, sendo em 1210 doada por D. Afonso II à Rainha D. Urraca. O primeiro condado de Óbidos é instituído em 1636 e, sete anos mais tarde, D. João IV manda reparar novamente as muralhas.

LOCAIS DE INTERESSE 
Porta da Vila datada do Século XVII a Porta da Vila tem como elementos distintivos Azulejos do séc. XVIII e capela-oratório com varanda do século XVII. "A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original" é a inscrição que se encontra sobre a porta principal da vila de Óbidos. Mandada colocar pelo Rei D. João IV, como agradecimento pela proteção da Padroeira, aquando da Restauração de 1640.
Rua Direita É assim conhecida desde o século XIV e constitui a rua principal da vila de Óbidos, que liga a porta da vila ao Paço. Nos séc. XVI e XVII, as importantes transformações que sofreu esconderam os antigos portais góticos.
Pensa-se que o Castelo de Óbidos é de origem romana mas foi depois uma fortificação sob o domínio árabe. Classificado como Monumento Nacional o castelo apresenta um estilo arquitectónico militar. Foi convertido numa Pousada.
Capela de Nossa Senhora do Carmo
Igreja de Santa Maria provavelmente fundada no período visigótico, esta Igreja foi transformada em mesquita, durante a ocupação árabe.
Igreja da Misericórdia antiga Capela do Espírito Santo, aqui foi fundada a Santa Casa da Misericórdia pela Rainha D. Leonor.
Capela de S. Martinho um Imóvel de Interesse Público com a arquitetura de estilo religioso.
Santuário do Senhor da Pedra
Museu Municipal

Provar um dos deliciosos Licores de Ginja de Óbidos da Frutóbidos, carinhosamente chamados de “Ginjinha” por muitos dos seus apreciadores, constitui um prazer e o perpetuar de uma tradição cujas raízes se perdem na História.

Ao longo dos tempos, o Licor de Ginja de Óbidos tem sido motivo de convívio, alegria e inspiração para muitos apreciadores, que encontraram na Ginginha, e no seu paladar e aroma inconfundíveis, uma companhia perfeita para momentos de diversão rodeados de amigos ou momentos de relaxe no aconchego do lar.

Em Óbidos, por exemplo, é quase obrigatório beber uma ginjinha com os amigos quando se frequenta um dos muitos bares da histórica vila, fornecidos pela Frutóbidos.






A famosa Ginginha


Lisboa

Restaurante Bota Alta
Restaurante com excelentes iguarias da cozinha portuguesa. Com ambiente alegre e vivo, está-se bem aqui e, como se costuma dizer, o espaço não chega para as encomendas. Muito procurado também por turistas, convém reservar para não perder o lugar. 
Localização,Travessa da Queimada 35/37 - Lisboa

1200-364 LISBOA







Edição de Texto
Leila Bumachar
Fotos e fontes
L. Bumachar Consultoria