terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lisboa e seus famosos Pasteis de Belém e boa gastronomia parte II




Em 1837, em Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerônimos, numa tentativa de subsistência, os clérigos do mosteiro puseram à venda numa loja precisamente uns pastéis de nata.
Nessa época, a zona de Belém ficava longe da cidade de Lisboa e o seu acesso era assegurado por barcos a vapor. 
No início os pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar situada próximo do Mosteiro dos Jerônimos. 
Em 1837 foram inauguradas as instalações num anexo, então transformado em pastelaria, a "Casa Pastéis de Belém". Desde então, aqui se vem trabalhando ininterruptamente, confeccionando cerca de 10.000 pastéis por dia. A receita, transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na Oficina do Segredo, mantém-se igual até aos dias de hoje. Tanto a receita original como o nome "Pastéis de Belém" estão patenteados.

Atualmente, na maioria dos cafés de Portugal é possível comprar pastéis de nata, provenientes da indústria de pastelaria, mas os originais continuam a ser os da pastelaria de Belém , porque apenas estes podem ser denominados Pastéis de Belém.
Convém salientar que Pastéis de Nata e Pastéis de Belém, embora semelhantes e com uma história comum, são efetivamente dois tipos de pastéis diferentes. Os Pastéis de Nata, como o próprio nome indica, contêm nos seus ingredientes natas, ao passo que os Pastéis de Belém não possuem este ingrediente, sendo confeccionados essencialmente com gemas de ovo e açúcar. Assim, provando Pastéis de Nata e Pastéis de Belém é muito notória e saliente a diferença de sabor, embora o aspecto possa ser algo parecido. Mesmo a massa folhada é claramente diferente, tanto de aspecto como de gosto.


O segredo dos Pastéis de Belém
A Oficina do Segredo na Fábrica dos Pastéis de Belém guarda a antiga receita secreta da confecção e preparação dos verdadeiros pastéis de nata - os Pastéis de Belém. Os mestres pasteleiros da Oficina do Segredo são os poucos detentores da receita, assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento em como se comprometem a não divulgar a receita.

Em 1994, investigadores do Laboratório Gastronómico da Universidade de Milão, Itália, elaboraram um relatório em que concluíam que a receita dos Pastéis de Belém originais incluiria, muito provavelmente além dos ingredientes óbvios como leite, ovos, etc., encontrava-se "flocos de batata", semelhantes aos usados para fazer puré de batata. 
De acordo com versões preliminares que foram disseminadas em privado entre colaboradores próximos, o grupo de investigadores achava-se confiante de que teriam encontrado o segredo que durante tanto tempo terá sido a base da confecção destes pastéis, uma vez que em ensaios double-blind nenhum dos vários gourmet requisitados pelo Laboratório conseguiu distinguir entre pastéis originais e os confeccionados pelo grupo com base nos resultados da sua investigação
No entanto, após um brevíssimo período de disseminação privada ,enquanto se aguardava os resultados de testes de degustação efetuados com um painel mais completo, e antes que houvesse oportunidade de ser publicado, o relatório foi subitamente retirado de circulação, aparentemente após contacto de elementos ligados à Oficina do Segredo, e os testes em curso foram descontinuados.

No estrangeiro, os Pastéis de Belém representaram Portugal na iniciativa cultural Café Europa, no Dia da Europa de 2006 durante a presidência austríaca da União Europeia.
Os Pastéis de nata são muito populares na China, onde chegaram através de Macau, no tempo da presença portuguesa. Em chinês são chamados "dan ta" (蛋挞), significando "pastel de ovo". Empresas de fast food incluíram os "dan ta" na sua oferta de sobremesas, fazendo com que desde finais de 1990s seja possível saborear pastéis de nata em países asiáticos, como no Camboja, Singapura, Malásia, Hong Kong e Taiwan.
Os Pastéis de Belém foram considerados a 15.ª mais saborosa iguaria do mundo pelo jornal The Guardian.


A Travessa


Um dos mais conceituados restaurantes de Lisboa, já teve morada na vizinha Travessa das Inglesinhas, passando depois para o Convento das Bernardas, cozinhas belgas e portuguesas são servidas num convento do século XVII restaurado e com um magnífico claustro que tornam este restaurante num dos mais românticos da cidade. 
O couvert com o pão sempre assado na hora ,e um delírio com direito ao queijo Serra da Estrela " e outros mais!.
Depois uma sucessão impressionante de entradas que parece nunca mais terminar. 
Sábado à noite comem-se mexilhões com batatas fritas. Esta novidade se deve ao fato de um dos donos ser de origem Belga
Já a carta de vinhos, escolhidos com esmero. 
Viaja-se no local tanto no inverno como no Verão com as mesas espalhadas pelo Patio.
Travessa do Convento das Bernardas 12 Madragoa - Lisboa




Fonte e Fotos e Edicáo de Texto
Leila Bumachar
L. Bumachar Consultoria Empresarial
www.google.com.br+free+da+fabrica+dos+pasteis+de+belem

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